terça-feira, 17 de janeiro de 2012

ADOBE PHOTOSHOP


Photoshop; conheça a história


Tela mostra a versão 1.0.7 rodando num Macintosh. Foto: Reprodução

Tela mostra a versão 1.0.7 rodando num Macintosh
Foto: Reprodução
Um dos softwares mais famosos da história completa nesta quarta 20 anos de sucesso ininterrupto. Não é preciso explicar em minúcias o que é o Adobe Photoshop, pois ele está envolvido em todo tipo de produção visual impressa, em vídeo ou na internet. Computadores participam de todo o processo criativo; o Photoshop está sempre presente como caixa de ferramentas virtual para o designer, artista, fotógrafo, ilustrador ou engenheiro.
O Photoshop surgiu comercialmente como um software de retoque para fotografias digitalizadas em scanner. O próprio scanner digital era uma curiosidade rara em 1990. Mas as funções de retoque de imagem do primeiro e humilde Photoshop já eram poderosas e fascinantes - um vislumbre de infinito potencial artístico.
O talento do programa consolidou-se com a adição de recursos de design, composição e automação. Uma vantagem importante desde o início foi a possibilidade de acrescentar funções novas através de plug-ins; foi daí, aliás, que surgiu a ideia de extensões que temos hoje em navegadores da web.
Os primeiros filtros e funções de edição do Photoshop continuam disponíveis na versão mais atual, mas raramente encontram aplicação, pois foram suplantados por outros mais modernos e eficazes. A acumulação de funções ao longo de duas décadas explica porque partes do programa são arcaicas e obscuras enquanto outras parecem transplantadas de algum outro lugar.

A história do software
O Adobe Photoshop começou como projeto diletante de um par de irmãos norte-americanos, fãs de fotografia por influência paterna. John Knoll era então, e ainda é hoje, um supervisor de efeitos visuais para cinema da Industrial Light & Magic, a empresa pioneira fundada por George Lucas. Em 1987, ele estava investigando a possibilidade de usar sistemas computadorizados para gerar e manipular imagens de efeitos visuais para filmes. Além da computação gráfica em 3D, ele esperava também poder fazer retoques localizados e alterações tonais - um campo então pouco explorado da manipulação visual. Fotografia e design nem passavam por sua cabeça, inicialmente.
Thomas Knoll cursava Engenharia na Universidade de Michigan. Estava criando num Mac Plus um software de processamento de imagem para sua tese de doutorado. O nome do programinha era Display, porque sua função original era simular tons de cinza na tela do Mac, que só suportava pixels totalmente brancos ou pretos. John viu um potencial comercial no Display e incentivou o irmão a colocar mais funções no programa. Thomas trancou a faculdade e mergulhou no projeto junto com o irmão.
A primeira versão preliminar do aplicativo com uma aparência mais acabada, chamada ImagePro, rodou em setembro de 1988. Nessa altura, o software já era mais avançado que tudo que existia então no mercado. John foi procurar alguma empresa de software do Vale do Silício para fazer a comercialização.
O programa, renomeado para PhotoShop (inicialmente com S maiúsculo), foi distribuído por um fabricante de scanners chamado Barneyscan. Logo depois, porém, os irmãos fecharam um acordo com a Adobe, empresa que fizera fama e fortuna com o sistema PostScript de impressão computadorizada. A Adobe acolheu o produto, sem adquiri-lo completamente, pagando royalties aos irmãos. O Photoshop da Adobe foi oficialmente lançado, após dez meses de desenvolvimento adicional, em 10 de fevereiro de 1990, somente para Apple Macintosh.
A Adobe plantou o Photoshop no mercado sem pretensões exageradas, com uma confiança tranquila de que ele poderia dar frutos mais adiante. E efetivamente, o Photoshop estabeleceu-se como líder absoluto em seu segmento, obliterando muitos concorrentes que surgiram e cujos nomes hoje estão esquecidos. Alguns deles, como Altamira Composer e Macromedia XRes, chegaram a ser mais avançados que o Photoshop em sua época, mas não resistiram à concorrência.
O sucesso da Apple e da Adobe entre profissionais de imagem digital, bem como as infinitas ramificações desse sucesso em toda a indústria criativa do mundo, deve muito ao desenvolvimento inicial do Photoshop no Mac. Mas na versão 2.0 o Photoshop também foi lançado para Windows. A partir daí, as edições do programa sempre tiveram paridade de funções.

Laboratório fotográfico
Quando o Photoshop surgiu, a edição digital de imagem avançada era um negócio extremamente caro e restrita a sistemas dedicados. O que existia de mais avançado em seu tempo era o Scitex, equipamento de prepress (preparação para impressão) desenvolvido em Israel. Um scanner de mesa custava entre US$ 5 mil e US$ 12 mil (equivalente a R$ 9,2 mil e R$ 22 mil) em 1989. O BarneyScan, digitalizador de slides que trouxe com ele a primeira versão pública do Photoshop como brinde, custava US$ 5 mil. Impressoras coloridas por transferência térmica (a mesma presente em modelos atuais da linha Xerox Phaser) saíam por até US$ 20 mil dólares. Um Mac da linha profissional, dotado dos periféricos necessários (monitor de alta resolução, unidade externa de disco e expansão de memória) custava a partir de US$ 10 mil. Tudo isso apenas para fazer diagramações preliminares que depois seriam reconstruídas ou completadas no computador de prepress, já que as máquinas de mesa ainda não davam conta de toda a tarefa.
Bastaram cinco anos para um computador de mesa conseguir produzir saída final para a gráfica e o Photoshop, então um aplicativo ainda simples e entregue na forma de três disquetes, virar o jogo e dar ao povo o poder de criar arte digital. A partir da versão 2.0, o Photoshop passou a integrar o departamento de arte das redações mais progressistas. Nada mais de deixar o processamento das imagens por conta do bureau de prepress.
A versão 3.0, com a sua concepção de arte por camadas, alterou para sempre a cara da arte digital e consagrou o Photoshop como ferramenta de composição. Sua chegada coincidiu com uma nova geração de PCs e Macs muito mais poderosos e por fim capazes de lidar com arquivos bem mais pesados. Foi também nessa época que o mercado de plug-ins de filtros criativos teve seu auge.
A revolução seguinte foi da da web; a versão 5.5 e o programa auxiliar ImageReady vieram especificamente para otimizar a exportação de imagens GIF, PNG e JPG. Por fim, na versão 7, ele sacudiu o mundo da fotografia com o suporte a arquivos RAW de câmeras digitais. Desde então, o desenvolvimento do Photoshop teve como preocupação básica integrá-lo aos demais programas da chamada Creative Suite da Adobe, mantendo-o numa posição de liderança indisputada.
Hoje e além John Knoll continua na ILM. O irmão Thomas permanece envolvido com o Photoshop. Sua última invenção foi o plug-in Camera RAW. O Photoshop também gerou duas crias importantes sob a tutela de Knoll: Elements, a versão não-profissional, porém repleta de utilidades; e Lightroom, uma recriação completa do programa que atende aos fotógrafos.
A ideia do Camera RAW, um programa capaz de extrair imagens puras (não processadas) de muitos modelos de câmeras digitais, surgiu durante uma viagem de férias de Thomas com sua família à Itália. Em vez de descansar, ele passou a viagem inteira tirando fotos de teste numa câmera profissional e refinando nelas os algoritmos matemáticos necessário. O objeto de teste usado nas fotos não era uma ruína romana ou a costa mediterrânea, mas a orelha esquerda da filha dele. Segundo Knoll, ela estava por perto a qualquer momento que ele precisasse e a orelha era uma boa referência para tonalidades de pele humana; então, por que não?
Retoques em fotografias existem desde que a própria fotografia foi inventada e sempre foram vistos como continuação do trabalho de laboratório. O Photoshop surgiu com ferramentas virtuais que buscavam reproduzir o ambiente do laboratório, e isso ainda pode ser visto claramente nos ícones de Crop, Dodge e Burn, por exemplo. Mas a metáfora do mundo real nunca foi dominante; o software possui uma interface bastante abstrata, que exige esforço interpretativo do usuário novato. O que não impediu que ele atingisse uma popularidade gigantesca, justificada pelos seus poderes extraordinários.
O Photoshop caiu na boca do povo porque, a exemplo de outros programas como Microsoft Windows e CorelDRAW, é um dos softwares mais pirateados por usuários individuais. Apesar das implicações polêmicas, é inegável que a difusão ilegal do programa ajuda a mantê-lo forte na consciência das pessoas. Os programas de visualização de imagem que vêm nos computadores permitem uma edição elementar, e também existem soluções gratuitas baseadas na Internet, sem necessidade de instalar nada. Mas o poder ilimitado do Photoshop prova-se, geração após geração de usuários, irresistível.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

GOVERNO DIVULGA TABELA COM PREÇOS DO IPVA NA PARAÍBA


Frota atual de veículos da Paraíba é de 795,7 mil veículos.
Veículos com mais de 15 anos de fabricação são isentos.

O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) terá, em 2012, uma redução média de 5,08% na Paraíba. O IPVA pode ser pago à vista, com 10% de desconto, ou parcelado em até três vezes. O valor é calculado com base no valor de venda do veículo. Veja a tabela completa clicando aqui.

A alíquota do IPVA para veículos comerciais leves e motos equivale a 2% sobre o valor do veículo no mercado, segundo pesquisa da Fipe, enquanto caminhões, ônibus, microônibus, tratores e motocicletas têm alíquota de 1%. Os proprietários de veículos com mais de quinze anos de fabricação terão isenção do imposto em 2012, assim como foi em 2011.

Os veículos com placas terminadas em 1 e 2 têm vencimento do IPVA para o pagamento em cota única com desconto de 10% no dia 31 de janeiro. A data também é válida para o primeiro pagamento para aqueles que optarem pelo parcelamento. Já os proprietários de carros e motos com final de placa de números 3 e 4 deverão pagar o tributo no dia 28 de fevereiro, com a mesma forma de pagamento.

De acordo com os dados estatísticos do Departamento Estadual de Trânsito da Paraíba (Detran-PB), a frota de veículos da Paraíba é de 795,7 mil veículos, o que representa uma alta de 13,77% sobre o mesmo período do ano passado (628 mil).

As cidades de João Pessoa (323,7 mil) e de Campina Grande (159,1 mil) concentram mais de 60% do total da frota do estado. Somente de janeiro a novembro deste ano, o número de veículos novos emplacados no estado já ultrapassou 86,6 mil unidades, um crescimento de 10,59% sobre o mesmo período do ano passado.

Vale lembrar que, além do IPVA, o emplacamento do veículo envolve o pagamento do seguro obrigatório, licenciamento do Detran e a taxa de bombeiro.

Fonte: http://g1.globo.com/paraiba/

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O GRAND PRIX DA PROPAGANDA PARAIBANA

O Prêmio Criatividade considerado o Oscar da capital paraibana foi entregue em uma noite de festa em João Pessoa ontem à noite. O prêmio homenageia os comerciais mais inteligentes do ano. Os melhores intervalos exibidos entre 1º de novembro de 2010 e 31 de outubro deste ano nas redes de comunicação TV Cabo Branco e TV Paraíba, foram selecionados e concorreram em três categorias: Institucional, Campanha e Mercado.


O 1º lugar na categoria Institucional foi da agência 9ideia que não premiava desde 1999 com o “Funk da Água Parada”.
 

Já o 1º e 3º lugar na categoria Campanha e 2º lugar na categoria Institucional foram para a agência Sin Comunicação com o conjunto de filmes Infinity DOC.





A agência campinense Dabliu A venceu o prêmio de marcado, o mais concorrido da competição com o filme: Naufrago.


A premiação foi entregue pelo Diretor Presidente da redes Paraíba de Comunicação: Eduardo Carlos e a editora regional das TVs Cabo Banco e Paraíba: Ana Viana.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

BORRACHA, NÍVEIS E... CURVAS

Neymar surgiu com um novo corte de cabelo dias antes da final da Libertadores. Para a Copa América, o penteado foi mantido. Nos treinos, sem muitos cuidados, ficam rebeldes, esvoaçantes. Mas nos jogos e em eventos sociais, todo cuidado é pouco com o moicano. Para manter o estilo na Argentina durante o torneio continental, na mala, gel, pomada e... agilidade. É isso mesmo. O “Menino da Vila” demora dois minutos para ajeitar as madeixas. Eu levei quase o mesmo tempo para fazer o meu pelo Photoshop usando borracha, níveis e... curvas.

Fonte da foto de Neymar: globoesporte.com

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

COMO ATIVAR O PHOTOSHOP CS 5

A pedidos de alguns amigos que encontraram problemas para ativar o Photoshop CS 5, ai vai uma dica que encontrei através de pesquisa no Google. Antes de mais nada, você deve baixar o Photoshop.
 

Ele pode ser encontrado no próprio site da Adobe para download:

Instale-o normalmente...
O normal é que se você não inserir a chave/serial/key, ele fica apenas por determinado período em funcionamento completo em seu sistema.
Para isso não acontecer, vou disponibilizar um tutorial que todos usam no momento para driblar o sistema da Adobe , em questão de seus produtos pagos/sharewares:

1º Antes de abrir o Photoshop e inserir o Serial...
Vá em iniciar > executar e digite "c:\windows\system32\drivers\etc\hosts", sem aspas. Ou faça isso manualmente se preferir (abrindo os diretórios um por um). Escolha para abrir com o Bloco de Notas (NotePad).

2º Insira essas linhas no script (arquivo hosts):


127.0.0.1       adobeereg.com
127.0.0.1       activate.adobe.com
127.0.0.1       practivate.adobe.com
127.0.0.1       ereg.adobe.com
127.0.0.1       activate.wip3.adobe.com
127.0.0.1       wip3.adobe.com
127.0.0.1       3dns 3.adobe.com-
127.0.0.1       3dns 2.adobe.com-
127.0.0.1       adobe-dns.adobe.com
127.0.0.1       adobe-dns-2.adobe.com
127.0.0.1       adobe-dns-3.adobe.com
127.0.0.1       ereg.wip3.adobe.com
127.0.0.1       ativar sea.adobe.com-
127.0.0.1       WWIS-dubc1 vip60.adobe.com-
127.0.0.1       ativar sjc0.adobe.com-
127.0.0.1       WWIS-dubc1 vip60.adobe.com-

Isso serve para que o gerenciador de ativação da Adobe não consiga verificar a chave online, para conferir se é original ou não. Lembrando que 127.0.0.1 é o endereço de Loopback, então sempre que algum aplicativo querer redirecionar uma conexão para esses domínios da Adobe, não irá dar certo, pois será redirecionada para o seu próprio host (seu computador).


Obs.: Se não estiver conseguindo salvar o arquivo faça o seguinte:


Botão direito do mouse em cima do arquivo > guia propriedades > guia segurança > avançadas > guia proprietário > editar > selecione o seu nome de usuário > aplique as alterações.

3º Agora com o arquivo hosts configurado corretamente, insira o serial normalmente no Photoshop CS5, e tenha bom proveito.


Se não tiver um serial em mãos tente um destes (comigo deu certo):


1330-1331-8999-1502-9478-2917
1330-1839-7793-1237-7395-0274
1330-1209-0138-5710-9526-6500

Obs.: Pirataria é crime, Photoshop é caro e compartilhar é estar sendo generoso =)

Fonte: Pesquisado no site de busca Google


segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O DESIGN NO TÚNEL DE VENTO

Toda criação começa de uma necessidade: o cliente tem uma deficiência e precisa supri-la. Quando somos contratados para desenvolver determinada peça de comunicação o intuito do cliente é atender a essa necessidade – que na grande maioria das vezes está contida em um breafing e, em resumo, é a transmissão de uma informação. O designer entra nessa tarefa como ferramenta capaz de dar vida, calor, beleza e eficácia a essa comunicação, e através do seu conhecimento e da sua experiência deverá emprestar eficiência ao conteúdo que nela será apresentado.
Na essência, o papel do designer é desenvolver uma mensagem visual cujo conteúdo será transmitido através de alguma ferramenta de mídia (jornal, outdoor, veículo, banner, fachada, impressos, marca). A mensagem do cliente deverá permear todo o processo criativo e dela não se deve esquecer – e não pode. O designer deve eleger o formato que melhor se adeque ao orçamento e à finalidade do trabalho; aplicar cores que conduzam a uma leitura adequada da mensagem; escolher fontes que facilitem a leitura e harmonizem com o visual da peça como um todo e adicionar (ou não) elementos que auxiliem a leitura do conteúdo (fotos e ilustrações). Mas jamais deve esquecer que a maior necessidade do seu cliente é transmitir a mensagem, e que o seu talento irá auxiliá-lo a fazer isso de forma agradável e eficiente.
Assim como todos os demais ramos de atividade o design segue técnicas no desenvolvimento de projetos, bem como segue o breafing, pré-estabelecido pelo cliente. Estes são critérios básicos no desenvolvimento de qualquer trabalho de design.
Posso citar um exemplo bem ilustrativo do que significa atender aos critérios básicos no desenvolvimento de um projeto: a indústria automobilística.   
                       

Quando um designer de veículos concebe o desenho de um carro, pela sua experiência, ele o faz  prevendo o seu comportamento na pista. Ou seja, se preocupa com a segurança, estabilidade, conforto, orçamento disponível para sua construção, e é claro, a beleza. Mas, mesmo com toda sua experiência, ele não pode antever todo o comportamento do veículo antes de o carro ficar definitivamente pronto. Por isso, protótipos do veículo passam por uma grande variedade de testes para que os técnicos avaliem se o produto atende a todos os critérios de segurança e dirigibilidade. Um destes testes – ao qual o design está intimamente ligado – é o teste no túnel de vento. Nele, o desenho é avaliado como função do veículo, onde a resistência do ar e as vibrações sejam mínimas, fazendo com que o carro obtenha o seu melhor desempenho e o motorista o conduza da maneira mais confortável possível. Nesse panorama o fator beleza é relevado ao segundo plano, podendo o designer ser convidado a modificar o seu desenho para que o veículo melhor atenda aos critérios de uso ou de construção. Ou seja, os automóveis devem ser seguros, confortáveis, rápidos  - e baratos - antes de serem bonitos.
Isso não significa dizer que a beleza do veículo não é importante. Pelo contrário, o desenho, as cores e os detalhes inclusos no projeto são itens influenciadores na escolha do cliente. Mas eles de nada valem se os outros critérios básicos não forem percebidos como inerentes ao produto. Da mesma forma é o design gráfico.
A necessidade que gerou o breafing não deve jamais ser esquecida durante o processo criativo, pois corre o risco do resultado não ser o esperado pelo cliente. 
Pois bem! Isso significa que: (pasmem)
  1. Você não pode usar qualquer cor;
  2. Você não pode usar qualquer fonte;
  3. Você não pode usar qualquer formato;
  4. Você não pode usar quaisquer elementos que lhe venham à cabeça;
  5. E o pior... nem sempre pode usar aquele “estilozinho” que está na moda e que a galera só começa a usar por aqui quando está saturado lá no Sul. 
As cores são ferramentas de comunicação e devem ajudar a transmitir a mensagem e o designer precisa fazer a leitura da cor (ou da paleta de cor) para que ela corresponda ao conteúdo da mensagem contida no layout.  As cores têm significado cultural e permitem diferentes leituras para diferentes grupos de expectadores. Não adianta uma paleta de cor da moda se o público é clássico. Dessa forma, você estará usando uma linguagem incompreensível. 
As fontes são o seu principal aliado na comunicação, porém, você pode torná-la uma inimiga do seu trabalho. Escolher a fonte adequada é uma tarefa que merece um bom tempo do que você tem disponível para o projeto. A chamada do anúncio ou de uma peça qualquer, precisa ter robustez, convidar à leitura, chamar a atenção e ser “linda”, e acima de tudo, tem que harmonizar com o restante do layout. A chamada da peça é parte integrante do design e não pode ser vista apenas como o texto de chamada.  As informações secundárias são secundárias apenas para o designer, mas se você foi eficiente e o público alvo foi alvejado ela será de suma importância. E, atenção! SE A INFORMAÇÃO É UM PREÇO... fonte de fácil leitura, por favor . Cuidado com a cor de back. Cuidado com o contorno nas fontes pequenas (pra quê isso?). Você tem 256 milhões de cores para usar e ressaltar o seu texto. Seja criativo! Procure mais. 
O formato é super importante para chegar ao seu target (alvo). O panfleto não pode ser grande demais, pequeno demais, dobras demais. Papel com gramatura a la transparencia é de muito mal gosto e demonstra falta de vontade de investimento em comunicação. 
O uso indiscriminado de elementos auxiliares no layout também não pode ser decidido aleatoriamente. O trabalho precisa “pedir” os seus elementos e estes precisam ser dispostos no projeto de forma a compor a mensagem final. O uso indiscriminado de paisagens na comunicação visual, por exemplo, é algo que me angustia. O designer não tem uma ideia sequer para compor o projeto na fachada do seu cliente aí... lá vem mais uma paisagem maravilhosa (quem quiser entender melhor o que eu estou falando leia a postagem UMA FOTO EM UM LAYOUT QUALQUER que está no meu blog). 
Com relação ao uso de estilos que estão na moda, eu nem preciso fazer grandes comentários: cada designer precisa encontrar o seu estilo. Coloque o seu design no túnel de vento sempre que encerrar um processo de criação. Veja se ele está atendendo o breafing do seu cliente e, antes de tudo, sinta se VOCÊ usaria ele se fosse o cliente. Veja se ele vale o que você está cobrando e se você pagaria por ele. Seja crítico de si mesmo.

Um forte abraço à todos

Dicas/reclamações de conteúdo
Luiz Martins
luiz@martinsdesigner.com.br
www.martinsdesigner.com.br

sábado, 26 de novembro de 2011

CRIAÇÃO DE LOGOMARCA

É comum, ao iniciar o processo de criação de uma logomarca, surgirem várias dúvidas que podem travar ou retardar o desenvolvimento do trabalho. Algumas vezes isso se dá pela complexidade do projeto. Outras, pela falta de clareza do breafing, ou até mesmo pela falta de um objetivo que indique um caminho a seguir. Fazer as perguntas certas pode eliminar várias dessas dúvidas. Mas o que fazer quando não se sabe o que perguntar?
Pois bem! Fazer as perguntas certas é a parte principal para ter em mãos um breafing completo, objetivo, e que potencialize as suas chances de aprovar o trabalho logo de primeira.


Então, quais são as perguntas a serem feitas?
Relacionei logo abaixo algumas que acho importante, e que descobri na minha experiência profissional:




1.     A EMPRESA TEM PROJETO DE BRANDING OU IDENTIDADE CLARAMENTE DEFINIDA?

Se o cliente for uma empresa já organizada e com postura empresarial definida através de uma visão e missão claros, é super importante você estudar esse valores, pois o design deverá ser trabalhado com o intuito de transmití-los através da comunicação visual. Caso a empresa não tenha valores e identidade definidos, os objetivos do projeto devem ser claramente discutidos, pois eles irão guiar o design durante o processo criativo.

2.     A LOGOMARCA PRECISA SER MODERNA, CLÁSSICA OU ATEMPORAL?
É importante definir o estilo do objeto de criação:
·         O que a empresa representa para os clientes?
·         Ela tem tempo de mercado?
·         É necessário transmitir a idéia de longevidade?
·         Ou a idéia de modernismo atrai mais o público alvo?
·         A faixa etária do consumidor está definida?

Muitas vezes, mesmo com uma empresa iniciante no mercado, é necessário transmitir a idéia de segurança e tempo de atuação, visto que para os seus clientes esse é um fator preponderante para fechamento de negócios. Neste perfil podemos incluir empresas de segurança, médicos, estabelecimentos financeiros, algumas escolas, farmácias, advogados e outros. Para estes, um visual “moderninho” pode passar uma noção de valor indesejável, criando um desconforto àqueles que procuram pelos seus serviços ou produtos. As empresas de telefonia, internet, comunicação, lazer, turismo, são exemplos de onde podemos usar um layout mais contemporâneo e/ou despojado.

3.    QUAIS CORES COMBINAM COM O PERFIL DO CLIENTE?
As cores têm alma e transmitem informações que, algumas vezes, diferem em regiões distintas. Por isso, a mesma linha de pensamento do tópico anterior deve ser seguida na busca da(s) cor(es) que melhor transmita(m) as sensações contidas nos valores da marca, e que melhor enalteça o design da logomarca.
Muitas vezes, o cliente já vem com uma ideia de cor predefinida para o trabalho e nem sempre esta cor é adequada para o projeto, cabendo ao designer dissuadi-lo desse raciocínio. Esse trabalho pode ser feito através de exemplos de outras marcas que concorrem na mesma área ou buscando literaturas que dissertem sobre o assunto, mostrando que você estuda sobre o que está defendendo e que outros profissionais do mercado têm a mesma visão que a sua.
A exceção para o caso seria a busca pela diferenciação através de cores totalmente fora da linha das concorrentes. Para isso, vale esclarecer o seu cliente que faz-se necessário pesados investimentos em mídia para quebrar a visão da massa sobre um padrão já estabelecido e que será uma trajetória demorada. Claro que isso se torna muito mais fácil ao se tratar de empresa líder de mercado, através da qual as outras se espelham para criar os seus produtos.

4.    O DESIGN TERÁ SÍMBOLO, TIPOGRAFIA, OS DOIS?
O breafing deve ter elementos suficientes para a tomada de decisão. Muitas vezes o cliente decide esse caminho, outras vezes o design influencia e, em outras, os dois concordam com uma decisão após uma discussão. O que é importante é basear a decisão em um objetivo que se queira alcançar e ter o máximo de parâmetros técnicos para sustentá-la. Em determinados casos é claro e límpido que o uso de um ícone é primordial, em outros, uma fonte se faz necessária. Como gosto de exemplos, eu não vejo como seria possível a marca de um profissional da área médica, ou um arquiteto, sem o uso de uma bela fonte, pois nesta área a capacidade do profissional é fator preponderante na sua escolha. Ou seja, o seu nome geralmente é a marca. Um outro exemplo é a área digital, onde raramente vemos uma logo sem o uso de um ícone. Nestes e em quaisquer outros casos a análise do mercado indicará o caminho mais apropriado. É claro que, vasculhando esses dois universos, encontraremos exceções. Provavelmente, não encontraremos as cifras que eles gastaram para se firmar no mercado; ou tinham um produto tão bom que pouco interessava qual o estilo da sua marca para alcançar o sucesso; ou ainda, fizeram sucesso no mercado físico para depois entrar no digital.

5.     QUAIS AS FONTES QUE DEVER SER USADAS?
Depende muito: o seu cliente é local, regional, internacional?
Em primeiro lugar, não esqueça: não ponha o seu cliente em maus lençóis. Saiba que toda fonte tem um criador que cobrará pelo seu uso. Trabalhe com fontes legalizadas e, quando isso não for possível, crie suas próprias fontes.
Mas, usando uma fonte de mercado ou desenvolvendo uma, lembre-se que ela precisa se harmonizar com outros elementos da marca, criando um vínculo imperceptível e, mesmo tendo nela a leitura principal, ela é parte de um conjunto.
Tendo as fontes características que as enquadram em determinados estilos, escolha sempre o estilo condizente com o perfil em que a logomarca vem sendo desenvolvida. Fontes fininhas são mais femininas e delicadas; as serifadas são clássicas; as sans serif têm presença em chamadas; fontes script são pessoais; os modelos arial, avant garden, times new Roman, são geralmente para texto corrido.
Cuidado: algumas fontes ganham o gosto dos profissionais e são utilizadas em demasia, banalizando o seu uso. Evite-as.

6.     A PARTE TÉCNICA FOI CONTEMPLADA?
Muitas vezes o cliente adora a marca, paga com satisfação, mas só descobre meses depois que ela não ficou legal no chaveiro, ou na placa, ou no uniforme.
Se você não está sendo contratado para criar apenas a logomarca, saiba que, em parte do trabalho, vai ter que suar a camisa de graça se quiser que ele fique bem feito. Terá que testar o seu belo trabalho em algumas peças de merchandising, mídia e comunicação visual antes de entregá-la ao seu cliente. Terá que verificar as reduções, aplicações de fundo, combinações de cores e outros detalhes técnicos. Por isso, nunca feche o projeto de uma logomarca sem incluir 3 ou 4 itens de comunicação no pacote, pois eles irão remunerar as experiências necessárias para garantir a eficiência da sua criação.
No mais, é suar a camisa e testar o máximo de possibilidades que o seu projeto permitir. A pior coisa que um cliente pode me perguntar é “você já testou assim?” A resposta é obvia: “Já testei assim, assim, assado...e essa foi a melhor opção encontrada”.
 Trabalhar com paixão é também imprescindível para gerar resultados satisfatórios na ponta, visto que muitas vezes a certeza da aprovação esbarra em diálogos do tipo:

- Não gostei (cliente)
- Pode me dizer do que não gostou? (você)
- Não sei! Faça outra só pra eu comparar (cliente)

Aí acabou o projeto, o ânimo, e tudo mais que lhe motivou.

Para evitar isso, sempre que for apresentar o trabalho explique ao seu cliente como se deu o processo criativo;  narre os momentos de dúvida que gerou uma tomada de decisão para outro caminho; empregue valor aos elementos incorporados na logo; se possível, alimente o seu cliente com detalhes técnicos que o fizeram escolher essa ou aquela cor. Essa atitude vai deixá-lo confiante no seu trabalho.

Um macete que quase sempre uso quando vou apresentar uma logomarca é levar comigo, além de todas as impressões do projeto, também os desenhos anteriores que levaram ao resultado final. Quando percebo que o cliente pode não estar totalmente crente se houve mesmo todas as experiências, eu saco esses desenhos e faço uma narrativa de todo o trabalho. O resultado disso é incrivelmente satisfatório. Mas cuidado: use apenas se for necessário. Isso pode confundir o cliente.

Dicas/reclamações de conteúdo
Luiz Martins
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