Sempre que mencionamos algum conteúdo sobre o uso adequado das cores, fazemos isso citando o uso de paletas de cores, harmonia de tons e outras teorias a respeito. É sempre importante ter embasamento teórico para entender como as cores são processadas na nossa mente, como as vemos e como elas interagem entre si. Essa teoria é fundamental para desenvolver suas próprias técnicas e enveredar nesse mundo sensacional e tão importante para nós, designers.
Além da teoria, é importante dispor de ferramentas que auxiliem você no desenvolvimento e na composição das harmonias que você imprime ao seu projeto ou layout. Essas ferramentas estão presentes em quase todos os programas que utilizamos, apesar de alguns profissionais não terem a noção exata de como funcionam. Por isso, resolvemos abordar o tema de forma específica, mostrando uma ferramenta que pode agregar em muito o dia-a-dia do designer gráfico.
Todos nós sabemos que a harmonia cromática se dá pelo equilíbrio entre as cores aplicadas ou contrastes simultâneos da cores, onde cada harmonia é chamada de acorde. Sabemos também que a harmonia perfeita na mistura das cores (cores luz ou cores primárias) é o branco total. Finalmente, sabemos (ou deveríamos saber) que quanto mais nos aproximamos do branco – na soma total das cores – mais próximos estamos do melhor contraste visual ou da melhor paleta de cores.
Mas, como faço para encontrar a harmonia ideal de cores?
Primeiro, devemos esclarecer que uma boa harmonia vai depender muito do propósito do seu trabalho, mas se você quer usar apenas duas cores, a melhor harmonia (ou acorde) é o contraste entre duas cores complementares (harmonia dissonante). Ou seja, cores dispostas frente-a-frente no Círculo das Cores. Essas cores, somadas resulta na cor branca. Se você usar vermelho, a complementar é a ciano. Se usar azul, sua complementar é amarelo, e se a cor usada for a verde, sua complementar será a magenta. E assim como a cor base pode variar nas suas nuances, a complementar navega no sentido contrário para encontrar o equilíbrio cromático abrindo um leque de possibilidades muito grande.
Se usarmos três cores, o acorde será chamado de suplementar (harmonia dissonante) e formarão um triângulo no círculo cromático. Nesse formato, a cor base fica fixa e as duas cores suplementares se movimentam - sempre em sentidos opostos - para manter o equilíbrio. As cores suplementares podem formar acordes concordantes, acordantes ou discordantes. No CorelDraw© podemos utilizar a ferramenta Preenchimento Uniforme, existente na Caixa de Ferramentas.
Primeiro, devemos esclarecer que uma boa harmonia vai depender muito do propósito do seu trabalho, mas se você quer usar apenas duas cores, a melhor harmonia (ou acorde) é o contraste entre duas cores complementares (harmonia dissonante). Ou seja, cores dispostas frente-a-frente no Círculo das Cores. Essas cores, somadas resulta na cor branca. Se você usar vermelho, a complementar é a ciano. Se usar azul, sua complementar é amarelo, e se a cor usada for a verde, sua complementar será a magenta. E assim como a cor base pode variar nas suas nuances, a complementar navega no sentido contrário para encontrar o equilíbrio cromático abrindo um leque de possibilidades muito grande.
Se usarmos três cores, o acorde será chamado de suplementar (harmonia dissonante) e formarão um triângulo no círculo cromático. Nesse formato, a cor base fica fixa e as duas cores suplementares se movimentam - sempre em sentidos opostos - para manter o equilíbrio. As cores suplementares podem formar acordes concordantes, acordantes ou discordantes. No CorelDraw© podemos utilizar a ferramenta Preenchimento Uniforme, existente na Caixa de Ferramentas.

Esse ícone abre uma ferramenta de preenchimento bem conhecida dos utilizadores do programa, divididos em três abas: Modelos, Misturadores e Paletas, sendo a aba Misturadores aquela que nos interessa para esse assunto específico.

Figura 1
A ferramenta Misturadores simula equilíbrios cromáticos para a cor base escolhida. Na figura 1, vemos a cor vermelha e sua complementar, ciano. No opção Matizes (figura 2)pode-se escolher entre os tipos de harmonias dissonantes Complementar, Triângulo 1, Triângulo 2, Retângulo e Pentágono.
Na parte inferior da ferramenta aparece a escala de tons para a harmonia e você pode escolher a variação do matiz.

Figura 2
Na parte inferior da ferramenta aparece a escala de tons para a harmonia e você pode escolher a variação do matiz.

Figura 2
O matiz Triângulo 2 é a opção mais utilizada quando a harmonia possui três cores, pois as duas cores do acorde estão amarradas quanto à sua posição no Círculo Cromático, e você pode movimentar uma das duas cores encontrando a harmonia perfeita para a cor base utilizada. O Triângulo 1 é ideal para você fugir um pouco dessa amar
ração e variar as nuances da harmonia, confiando na sua intuição e experiência profissional.
ração e variar as nuances da harmonia, confiando na sua intuição e experiência profissional.
A opção Retângulo (Figura 3) funciona como dois conjuntos complementares independentes. Ou seja, você escolhe a cor base, a ferramenta te dá a complementar e duas dissonantes. Essas dissonantes são complementares entre si e você pode movimentá-las para encontrar a harmonia que melhor se adapte ao seu trabalho, aumentando exponencialmente a sua paleta de cores.

Figura 3
Vale ressaltar que, para cada harmonia encontrada o designer pode buscar variações de claro, escuro, quente e frio na opção Variação (Figura 3).
No Matiz Pentágono, podemos trabalhar com harmonia de 5 cores, onde existem dois conjuntos complementares. O conjunto mais externo à cor base é independente e movimenta o conjunto complementar interno à medida que percorre o Círculo Cromático. O conjunto complementar interno se movimenta independemente do conjunto externo, não afetando o equilíbrio total da harmonia.
Essa ferramenta é um excelente dispositivo para nos auxiliar no processo criativo, pois nos liberta do trabalho de buscar a figura do Círculo Cromático e criar mentalmente os conjuntos harmônicos. No entanto, como eu sempre busco aprender como funcionam as ferramentas, aprendi a desenhar o Círculo das Cores e exercitar sozinho as harmonias para compreender cada vez o processo de formação dos acordes cromáticos.
Quem trabalha com o Ilustrator, esta mesma ferramenta está disponível na guia Color Guide, opção Edit Colors. Na Régua Harmônica (Harmony Rulers) você escolhe um acorde e clica no botão Edit Colors. O programa apresenta o Círculo Cromático, semelhante ao do Corel, onde você percorre o espaço de cor usando as dissonantes para montar a sua paleta ou acorde. Um detalhe importante e mais vantajoso no Ilustrator é que o designer pode escolher diretamente no Círculo as nuances de brilho, independentemente para cada matiz. Além disso, o programa permite salvar o acorde para você fazer uso dele posteriormente. Não é nossa intenção ensinar aqui o uso da ferramenta, e sim mostrar que ela existe e porquê existe. Cabe ao designer explorar essas ferramentas sabendo que elas são imprescindíveis no auxílio de qualquer trabalho de design.
Quem quiser se aprofundar sobre teoria das cores, aconselho a ler um bom livro sobre o tema e pesquisar bastante as diversas ferramentas disponíveis. Um livro que acho fantástico (para designer e também fotógrafos) é o “Da cor à Cor Inexistente”, de Israel Pedrosa, que aborda o tema de forma científica e objetiva. Quem quiser ter em mãos uma ferramenta para manipular, adquira o Disco de Combinações e Misturas de Cores da Cecor. Peça desenvolvida especialmente para a realidade brasileira e que muito tem me auxiliado nas minhas tarefas diárias quando o assunto é cor.
Dicas/reclamações de conteúdo
Luiz Martins
luiz@martinsdesigner.com.br
www.martinsdesigner.com.br
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